A oraculista, terapeuta holística e minha eterna mestra, Tânia Durão, pela primeira vez revela em um blog como começou a se dedicar ao Baralho Cigano.
O Mente Cigana agradece muito a confiança e o carinho de nos dar a honra de divulgar esse emocionante relato.
Leia abaixo com atenção!
Quando o povo cigano acampou na minha vida

Eu
acordava pensando nele, ia dormir pensando nele e, o pior, sonhava com ele. Um
desses sonhos foi tão real e tão marcante que recorri a uma amiga umbandista e
que joga o baralho cigano. No final da consulta ela se sentiu mal e logo
pensei: "Meu Deus, eu devia estar tão carregada, que ela absorveu a minha
negatividade para me harmonizar". Este pensamento já me deixou tensa. Em
seguida ela incorporou a minha cigana espiritual, cujas primeiras palavras
foram:
"Boa
noite, moça, o meu nome é Madalena, eu sou SUA cigana e não desta moça por onde
estou falando, ela só me deu passagem para falar" - Se antes eu
estava tensa, imagina o meu susto.
E
Madalena prosseguiu:
"Vim
para te dizer que estou cansada de esperar e te dou 12 luas (um ano) para
começar a ler as cartas!!" - Pavor total e silêncio absoluto, pelo susto,
pela novidade (imposta) e pelo medo da responsabilidade que teria pela frente.
Fiquei até tonta, mesmo assim me esforcei a perguntar de onde nos
conhecíamos.
A
resposta foi implacável:
"Me
responda você!" Timida e completamente intimidada arrisquei: Espanha.

Madalena,
com o dedo em riste e muito séria, prosseguiu com as suas ordens: que o seu
punhal seria prateado, que o mesmo ficaria sobre a mesa e não sobre a taça e
que ela não autoriza bebida alcoólica, sob hipótese alguma, na hora da
consulta, que eu deveria comprar um baralho e que o resto era com ela - Fiquei
sem chão...e sem respiração.
Mesmo perplexa, consegui perguntar se eu devia cobrar. A resposta não poderia ser diferente, foi bombástica e me acertou em cheio.
Mesmo perplexa, consegui perguntar se eu devia cobrar. A resposta não poderia ser diferente, foi bombástica e me acertou em cheio.
"Moça,
nós, ciganos, trocamos pano, chá, açúcar...vocês querem trocar papel! Se chegar
alguém até você sem papel, você vai atender!" Fiquei sem ação e... sem
mais perguntas.
Então
veio a explicação do homem pelo qual eu estava apaixonada. Eu vivia na corte,
era casada e tive um caso com este homem, que não pertencia a corte espanhola.
O meu marido soube e na época da espada, o meu amante foi morto a facadas em
uma emboscada" Pronto!! Meu mundo caiu de vez.
Saí da
consulta chocada e mexida pelas informações e pelo dever de cumprir o que foi
determinado. Fiz o curso de baralho cigano, li os livros que estavam
disponíveis e comecei a praticar. Levei um ano inteiro lendo As Cartas Ciganas
(sem trocar papel) até me sentir segura internamente para ser uma
cartomante.
Tempos
depois comecei a ensinar As Cartas Ciganas para algumas amigas e, de repente,
em uma bela noite, a apostila veio inteira na minha Mente Cigana. Eu já estava deitada e me
levantei para escrever, como sempre acontece, as minhas inspirações só chegam a
noite (e bem tarde), um tormento, pois costumo me sentir uma zumbi no dia
seguinte. Rsrs
Comecei a
fazer dança cigana, onde me sentia uma cigana de verdade, pois esta é a minha
essência. Adoro viajar, andar sem rumo (e descalça), além de amar a minha
liberdade.
Logo após
vieram o blog AS CARTAS CIGANAS e a página no facebook com o mesmo nome,
onde posso compartilhar os meus conhecimentos e fazer contato com as
pessoas.
Hoje frequento
um grupo espiritual cigano, onde tive a alegria de saber que já fui uma cigana,
na Espanha, é claro. Neste grupo começo a me aprofundar nos ensinamentos deste
povo tão querido.
Quanto ao
homem da época das espadas, não rolou nada nesta encarnação atual, embora eu
percebesse claramente que ele também sentia uma forte atração por mim. Enfim,
cada um seguiu o seu caminho pelas estradas da vida e nunca mais o vi, afinal
ele é apenas uma gadjô (homem não cigano).
Agradeço
a este homem, por ter sido o veículo para eu me reconectar a minha essência.
Agradeço a Fátima por ter lido as cartas para mim, por permitir que a minha
cigana espiritual falasse através dela e por me conduzir ao caminho certo
que minha alma deveria trilhar. Agradeço a Madalena pelas orientações e por já
ter se apresentado em sonho, quando eu senti medo. Neste sonho ela me deu a
carta do coração e disse que eu deveria jogar o resto no lixo - foi o que eu
fiz.
A questão
não é quando o povo cigano acampou na minha vida. Na verdade eu nunca saí do
acampamento, embora tenha tomado um atalho... Me sinto feliz por fazer parte
deste povo cheio de alegria e repleto de paixão.
Tânia Durão
E AÍ CURTIU ESSE DEPOIMENTO? Saiba que o próximo poder ser o seu... Basta fazer como Tânia Durão, envie sua história sobre como o povo cigano acampou na sua vida para mentecigana@gmail.com
Anna Cecília e Mariana,
ResponderExcluirObrigada pela oportunidade de contar a minha estória, relembrar de como me reconectei a minha essência e por sentir, novamente, as mesmas emoções.
Ainda estou mexida, porém feliz. O trabalho sério de vocês me deixou a vontade para deixar a alma falar.
Que venham outras estórias.
Beijos no coração.
Tania, fiquei mesmo muito emocionada. Que história linda. Não tenho dúvidas que muitas coisas e pessoas em nossas vidas estejam predestinadas. Um beijo e muito obrigada por compartilhar conosco.
ResponderExcluirSimplesmente lindo!
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